Hoje, dia 14 de fevereiro, é comemorado quase no mundo todo o Valentine’s Day, ou, Dia de São Valentim, que é considerado o dia mais romântico do ano. Muitos brasileiros nem conhecem essa data, mas você já se perguntou o por que não comemoramos esse dia? E o nosso Dia dos Namorados, existe alguma razão pela sua existência?
Aproveitando o clima de romance no ar, infelizmente, tenho que te dizer que nosso Dia dos Namorados não tem muito romantismo em sua origem.
Em 1948, a empresa Exposição Clipper contratou a Standart Propaganda para solucionar uma problema: as vendas muito baixas no mês de junho.
João Doria, proprietário da Standart Propaganda e pai do atual governador do estado de São Paulo, foi o responsável pela criação da data. Aproveitando o cultura religiosa de nosso país, e a necessidade específica de uma data que movimentasse o mercado no mês de julho, o dia de Santo Antônio foi aproveitado, considerado o “santo casamenteiro”, a data foi instituída no dia 12 de junho, na véspera da data que celebra o santo.
A data se tornou muito popular no ano seguinte, se disseminando em todo o país, e hoje, sendo uma das datas comemorativas mais lucrativas do país, movimentando cerca de R$ 1,5 bilhão.
A data brasileira acabou tento um significado comercial muito maior do que religioso, mas com o passar dos anos, acabamos aderindo muitas das tradições do Valentine’s Day, como o ato de enviar cartas e cartões à pessoa amada na data.
A tradição de mandar cartas e cartões vem diretamente da história de São Valentim, que é considerado o padroeiro dos amantes, o padre romano condenado a morte no séc. III, se tornou um mártir e símbolo do amor. Na época, o imperador romano Claudius II decretou o fim dos casamentos para benefícios militares, o decreto foi criado com base da ideia de que soldados solteiros e sem vínculos familiares seriam melhores em batalha, por, em tese, não terem nada a perder.
Indignado com o decreto, Valentim continuou celebrando cerimônias de casamento em segredo, pois acreditava que o matrimônio era um dos planos de Deus e o amor era o que dava sentido ao mundo e a própria vida.
As cerimônias secretas de Valentim foram descobertas pelos soldados de Claudius II, e o padre foi condenado a morte no ano de 270.
A grande reviravolta da história, e o fato mais conhecido, foi que enquanto estava preso, Valentim se apaixonou pela filha de um dos seus carcereiros, e no dia de sua condenação, escreveu uma carta para sua amada e assinou como “seu Valentim”, o que iniciou a tradição de enviar cartas e cartões para a pessoa amada.
Apesar da grande repercussão da morte de Valentim, ele só foi canonizado no séc. V pelo Papa Gelásio e seu dia foi instituído em 14 de fevereiro. Muitas das tradições e comemorações cristãs tem origem em festivais pagãos, e o dia de São Valentim não foi diferente, no mês de fevereiro acontecia um festival que durava três dias que se chamava Lupercalia, o festival sorteava nomes de mulheres e homens para que a partir daquele dia se tornassem namorados, eles poderiam até se casar durante o festival. O festival também marcava o início da primavera, que era uma data extremamente importante para os romanos na época.
A data se popularizou pelo mundo pelas navegações e colonizações, se tornando muito lucrativa em todos os países que a comemoram.
Tendo uma grande história religiosa por trás dela ou não, a data é uma das comemorações que mais aquecem o mercado e as vendas, afinal, sempre há motivos para celebrar o amor.
Amor e marketing tem mais coisas em comum do que imaginamos, e o Dia dos Namorados e o Valentine’s Day é a prova disso.
fonte: https://www.bcc.com/portuguese/geral-38973884
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